domingo, 23 de outubro de 2011

1ª Semana de PIEA2

 "Revisão dos Projetos Interdisciplinares de Ensino e Aprendizagem 1"


Na primeira semana de PIEA2, tive o privilegio de ler “uma entrevista com Augusto Rodrigues, artista
e professor, tirada do seguinte livro: LISPECTOR, Clarice. Entrevistas / Clarice Lispector; [organização
de Claire Williams;preparacão de originais e notas biográficas de Teresa Monteiro]. Rio de Janeiro:
Rocco, 2007, pp.180-186”. Trabalhamos três fóruns.

No 1º fórum discuti com os meus colegas a entrevista de Clarice Lispector com Augusto Rodrigues.

No 2º fórum respondi as seguintes questões:

1º Você já havia ouvido falar nas escolinhas de arte de Augusto Rodrigues?
2º Existe, na sua cidade, ou perto dela, algo parecido? 

No 3º fórum respondi as questões abaixo e apresentei o meu projeto desenvolvido na disciplina PIEA1. 

1º Explique com suas palavras, de forma resumida, qual foi o tema do seu projeto interdisciplinar de
ensino e aprendizagem1 (PIEA1).
2º Você pretende seguir com o mesmo projeto, dando continuidade em sua elaboração e realizando a execução do mesmo em PIEA2?
3º Existe conexão entre o seu PIEA e o TCC?

Meu Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 1



UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS







Maria Luceilma de Freitas Mourão






Como os artesãos feijoenses se mobilizam? 










      Trabalho apresentado para a Disciplina:  
Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 1 
como requisito parcial de aprovação na disciplina. 

Professor: Luiz Carlos Pinheiro Ferreira
Tutora: Iara Carneiro Tabosa Pena







1.    INTRODUÇÃO

Este trabalho visa apresentar minha proposta de pesquisa, tendo como meta ampliar meus conhecimentos em relação ao artesanato e a vida profissional dos artesãos de minha cidade, Feijó no Acre.
Esta proposta de pesquisa visa saber se os artesãos são associados em alguma instituição; se ministram cursos de artesanato na comunidade; se contam com apoio de programas que qualifique e divulguem os seus trabalhos na comunidade, na sociedade, no mercado de trabalho e nas escolas, possibilitando aos alunos, professores e outras pessoas da sociedade conhecer os seus talentos artísticos e a realidade dos mesmos.
Este projeto de pesquisa tem como objetivo principal investigar e estudar a vida profissional dos artesãos feijoenses, ou seja, averiguar como os artesãos feijoenses se mobilizam; apreciar, analisar e refletir sobre os tipos de artesanatos produzidos e os tipos de materiais utilizados por cada artesão.
Portanto, acredito que esse projeto de pesquisa será importante na minha vida pessoa e profissional como também na vida de muitas pessoas que desejam conhecer, apreciar e explorar através do artesanato feijoense o que tem de melhor para ser desfrutado com harmonia.
Como admiradora de diversos tipos de artesanato fui de certa forma impulsionada pela paixão a investigar em meu município a vida profissional dos artesãos, pois são profissionais dignos de reconhecimento e aceitação no mercado de trabalho e na sociedade em geral.
Como acadêmica e professora, tenho como objetivo conhecer cada vez mais as novidades no artesanato regional, pois acredito que o artesanato é uma das artes popular mais apreciada em nosso país, porém, em algumas regiões acreanas os artesãos não exploram sua criatividade artística como em outras regiões brasileira, por falta de conhecimento e apoio governamental com programas que em incentive esse tipo de cultura. Por virtude disso, quero através desde projeto investigar, como os artesãos feijoenses se mobilizam, se são associados em alguma instituição de incentivo a cultura, se contam com apoio de programas que qualifique e divulguem os seus trabalhos em sua comunidade, na sociedade, no mercado de trabalho, nas escolas e em outras regiões.
Como cidadã feijoense e professora de Artes Visuais este trabalho se justifica pela importância de conhecer os artistas de minha cidade e seus trabalhos, pois posso assim, despertar em meus alunos o interesse pelas riquezas culturais que temos em nosso município e facilitar o aprendizado dos mesmos. Lembro-me que por falta de conhecimento sobre os artesãos feijoenses no início de 2010, tive algumas dificuldades como professora, pois de acordo com o “Referencial Curricular de Artes Visuais 2010”, todos os professores e alunos do 9º ano, na linguagem de artes visuais, deveriam trabalhar tanto na teoria como na prática com vários tipos de esculturas, tínhamos que abordar os trabalhos de três tipos de escultores de regiões diferentes, um nacional, um acreano e o outro Feijoense, porém, eu como professora não conhecia nem um escultor em Feijó, desde então passei a pesquisar sobre os artistas feijoenses. Na época com muita dificuldade conheci através de amigos o artesão Toinho Camucim, que trabalha esculpindo esculturas em madeira e a senhora Tereza que trabalha modelando esculturas com argila. Após o contato com eles e com os trabalhos desenvolvidos por eles, minhas aulas passaram a ser diferentes e mais produtivas. Por essa razão é muito importante que os professores juntamente com os seus alunos investiguem e estudem os trabalhos de nossos artesãos, pois assim, se aprofundarão mais em seus conhecimentos, apreciando, analisando e refletindo sobre os tipos de artesanatos produzidos pelos artesãos e os tipos de materiais utilizados em cada produção, descobrindo a diversidade cultural de Feijó.


2. DESENVOLVIMENTO


2.1 Revisão de Literatura

O trabalho de pesquisa sobre como os artesãos feijoenses se articulam, comercializam e divulgam sua arte, não surgiram do nada, mas sim de várias fontes de pesquisa e de conhecimentos que ao longo de suas trilhas fez brota o seguinte tema: Como os Artesãos Feijoenses se Mobilizam.
Visando abordar de uma forma especial a diversidade cultural de Feijó/Acre, quero através deste trabalho, antes de deleitar nos registros históricos sobre os artesãos Feijoenses e as maravilhas culturais que desfrutamos em minha querida e pacata cidade, Feijó/ Acre, apresentar informações saliente sobre o Estado do Acre.

 O Acre, Estado mais ocidental do Brasil, além da grande riqueza cultural e artística, conta com uma cobertura vegetal primária correspondente a 88% de seu território.
As políticas públicas de proteção, o uso responsável dos recursos florestais, a criação de florestas públicas, reservas extrativistas e parques nacionais em quase 50% do território aliadas á normatização e fiscalização do uso econômico do ativo florestal, garantem a permanência deste recurso estratégico no século XXI. As gerações futuras agradecem.
Neste cenário de manutenção/valorização da floresta em pé, o rico bioma amazônico disponibiliza enorme quantidade de matérias-primas que aliadas aos saberes das populações tradicionais se transformam em produtos que expressam a nossa territorialidade. Homem e floresta se fundem para criar identidade e fazer hoje,o futuro.
Nossa intervenção com o Programa Artesanato Acreano ocorre em 19 municípios do Acre e continuará se estendendo a todo o Estado. (Artesanato Acreano, Catálogo 2009/10, p. 10).



Como diz o registro acima, o “Programa Artesanato Acreano” tem expandido em 19 municípios do Estado do Acre. Feijó é um dos municípios que faz parte deste programa e desta grande riqueza cultural. Segundo o superintendente do SEBRAE/AC, o senhor Orlando Sabino da Costa Filho, no catálogo “Artesanato Acreano” diz que:

  O Acre possui marcas muito fortes, por aqui dizemos que é o único Estado brasileiro por opção. A identidade do povo que lutou muito desde sua formação há pouco mais de um século e continua lutando por seus ideais se funde com a floresta e está gravada na produção artesanal que guarda e revela a grande diversidade cultural e biológica de nosso Estado.
Os ancestrais dos povos indígenas que habitavam o atual Estado do Acre produziam uma rica variedade de produtos: urnas mortuárias, utensílios domésticos, arte plumária, tecelagem, cerâmica, sítios arqueológicos com estruturas de terra - geoglífos, deixando uma herança cultural vasta que ainda estamos descobrindo.
No final dos anos noventa o Governo do Estado adotou uma política de valorização da floresta, de suas populações tradicionais, seus saberes, de valorização do patrimônio histórico e cultural, criou a Casa do Artesão I e II, entre outras ações que somadas influenciaram positivamente a produção e o consumo do artesanato e a inclusão de pessoas e comunidades.
Nesse contexto o Artesanato é produto dos saberes tradicionais, das cores e formas do bioma amazônico. E vem conquistando cada vez mais mercados por seus valores e atributos originais. (ORLANDO SABINO DA COSTA FILHO. Artesanato Acreano, Catálogo 2009/10, p. 08).

Como diz o superintendente do SEBRAE/AC, o senhor Orlando Sabino da Costa Filho, os “ancestrais dos povos indígenas que habitavam o atual Estado do Acre produziam uma rica variedade de produtos: urnas mortuárias, utensílios domésticos, arte plumária, tecelagem, cerâmica” e etc. Sendo Feijó um dos municípios acreano, recebeu de seus ancestrais essa herança cultural extensa, que aos poucos vem sendo explorada por artesãos indígenas e por artesãos brancos que ao longo dos anos se misturaram culturalmente de uma forma interessante.

Quando os primeiros navegadores portugueses chegaram ás terras do que é hoje o Brasil, descansaram seus corpos num trançado de fibras vegetais feito pelos índios. Os portugueses deram-lhe o nome de rede, talvez pela semelhança com suas redes de pescar.
 O trançado em fibras vegetais é considerado a maior contribuição das nações indígenas para a tradição do artesanato brasileiro.
 Os artesãos indígenas são tão refinados na técnica do trançado que fazem cesto de fibra vegetal impermeáveis, usados para carregar água.
 Mas nem só de boa técnica vive o artesanato indígena, que tem na beleza outro grande atrativo. Exemplo disso são as esteiras de capim,
Objetos de pouquíssima duração, que índios do Xingu usam no seu dia-a-dia. Alem do capim trançado, essas esteiras são adornadas com desenhos feitos com fios coloridos de algodão e podem ser consideradas verdadeiras obras de arte, que acabam em pouco tempo, mas nem por isso deixa de ser belas.
 Toda casa brasileira tem, com certeza, uma ou mais peças de trançado: a cestinha para pães, o suporte para pratos, o baú, o balaio ou o biombo, o chapéu de palha, o abanico ou a esteira...
 No trançado está presente a mistura étnica e cultura que nos faz brasileiros: o trançado é herança artesanal das nações indígenas, enriquecida pelo gosto e os saberes dos africanos, europeus e orientais. Que aqui chegaram como migrantes.
A técnica indígena da tecelagem era rudimentar. O que encantou o colonizador português foi a matéria-prima, o fio de algodão nativo. Mais simples de trabalhar do que a lã, e mais adequado ao calor tropical, o algodão era fácil de conseguir, podendo ser simplesmente colhido.
Quando cultivado, o algodão rendia mais de uma colheita por ano, o que o tornava mais barato do que a lã, que depende da criação de animais. (FAJARDO; CALAGE; JOPPERT. 2002 p.17, 18 e19).

O livro “Fios e Fibras - Oficina de Artesanato” nos mostra “um painel histórico do uso de fibras e fios, naturais ou sintéticos, mostra as infinitas possibilidades que esses materiais oferecem para trançar, tecer, fazer renda, crochê ou tricô.” E tantas outras riquezas culturais como, por exemplo, a cerâmica uma “arte milenar” como diz, as autoras do livro “Cerâmica”, Eliana Penido e Silvia de Souza Costa.

 Segundo, Eliana Penido e Silvia de Souza Costa, sabe-se que a cerâmica é uma arte milenar, que acompanha os seres humanos desde o momento seguinte ao da descoberta do fogo. Mas o interessante, quando vamos em busca de sua historia, é observar que, apesar desse tempo todo, há muitas semelhanças entre os processos empregados pelos primeiros artesãos de que se tem noticia e os ceramistas contemporâneos, que exercitam a atividade em seus ateliês, apesar dos incríveis recursos tecnológicos que hoje se encontram á disposição dos ceramistas em países mais adiantados, como fornos, tornos, argilas, pigmentos, etc.

Mesmo os estudiosos da evolução histórica da cerâmica enfrentam dificuldades para situar com precisão o momento em que o ser humano produziu a primeira peça a partir do barro. Isso ocorreu provavelmente pouco depois que, por acidente, o homem pré-histórico descobriu o fogo e percebeu que a ação das chamas era capaz de endurecer o barro. A arqueologia tem ajudado a decifrar os métodos e as formulas usados naqueles primeiros potes.

No período neolítico, quando os humanos deixaram de ser inteiramente nômades, passando a cultivar a terra e acumular mantimentos, foram criadas as primeiras cerâmicas utilitárias. Até então, as figuras construídas a partir do barro destinavam-se apenas a finalidades religiosas ou mágicas. Durante a pré-história, homens e mulheres produziam recipientes com as mãos, através de técnicas conhecidas e usadas ate hoje.

Os primeiros ceramistas também recorriam á ajuda de cestos para dar formas ao objeto, como se fossem moldes. Esse tipo de cerâmica, contudo, queimada em simples fogueiras, era porosa e frágil. Então descobriram que, queimada por mais tempo e em temperatura mais alta, a peça ficaria mais resistente e que poderiam polir a superfície com uma pedra ou toco de madeira. A decoração dos objetos, normalmente com grafismos, era feita com um pauzinho ou com os dedos. Usavam ainda pigmentos de tonalidades avermelhada e creme, preparados a partir de argilas diferentes para dar cor.

Depois de decorados e secos, os vasos precisavam ganha resistência e, para isso, tinham que ir ao fogo. Os estudiosos chegaram a conclusão – mas admitem que podem unicamente supor – que as peças eram cozidas no mesmo fogo utilizado para preparar a comida. Não descartam, contudo, a possibilidade de que já existissem fornos específicos para a cerâmica, que permitiam obter temperaturas de no máximo 700ºC, suficientes para transformar o barro em cerâmica, ou seja, material permanente. (A evolução de cerâmica, que levou alguns milhares de anos, está diretamente ligada á evolução na construção de fornos mais refinados e precisos, onde era possível controlar melhor o processo de cozimento e atingir temperaturas cada vez mais elevadas.). (PENIDO, 1999, p.09 e10).


É muito importante ter conhecimento que os primeiros objetos de cerâmica foram encontrados cerca de 5.000 a 4.000 a.C. Na costa da Fenícia, na Mesopotâmia, no Irã e na Turquia. E o quando veio evoluindo passando de geração em geração, de região para região, de povos para povos. 

De acordo com Penido (1999): Os primeiros objetos de cerâmica foram encontrados na costa da Fenícia, na Mesopotâmia, no Irã e na Turquia, cerca de 5.000 a 4.000 a.C. No entanto, essas cerâmicas eram porosas e frágeis porque queimadas em uma temperatura muito baixa. A evolução da cerâmica levou milhares de anos e a queima e os vidrados eram condições importantes para a melhoria da qualidade das peças. A construção de fornos que possibilitassem uma queima em temperatura mais alta, fornos mais precisos, com maior controle sobre a queima, e, o desenvolvimento de esmaltes que vitrificassem as peças e as tornasse impermeáveis, se fazia necessário. No Egito, surgem os primeiros esmaltes em torno de 5.000 a.C. Entre 2.700 e 2.100 AC, os egípcios começam a usar o torno e preparar melhor a argila. A Grécia, com as criações áticas, no Século IV a.C., foi um marco na história da cerâmica. Os vasos eram muito bem torneados, feitos em argila vermelha com figuras humanas pintadas em preto, e, algumas décadas depois, as figuras vermelhas com o fundo pintado em preto. “As civilizações pré-colombianas (Peru, Equador e México) com um avançado design faziam peças polidas não só com finalidades utilitárias, mas também para serem usadas como brinquedos, instrumentos musicais e objetos religiosos”. (PENIDO, 1999, p.11 e 12).


A cerâmica como a tecelagem, utensílios domésticos, esculturas em madeiras etc. É realmente uma herança cultural riquíssima que os artesãos Feijoenses exploram e desfrutam de seus ancestrais a milhares de anos atrás. Fabiana Barbosa Sedoguchi, diz que:

A tecelagem é usada para confecção de tecidos para o conforto, pesca, transporte, vestuário e adorno. A rede de dormir é comum a quase todos os grupos indígenas. É o tecido mais trabalhado e de maior tamanho que atinge alto grau de elaboração técnica e estética, superando a utilidade funcional dos objetos. A tecelagem pode ser dividida em trabalhos em malhas e tramas. Nos trabalhos em malha, é usado um único fio, feito com agulhas ou com as mãos, como crochê e tricô. Nos trabalhos em trama se utiliza o tear, que mantém os fios tensos e organizados.
Os Kaxinawá, que habitam o estado do Acre, pertencem à família Pano e têm grande representação na tecelagem. Seus desenhos chamam-se Kené, (em sua língua). (SEDOGUCHI, FABIANA BARBOSA, [online] P. 03).


Segundo Rosiane Farias, a “arte de esculpir em madeira faz parte da cultura de várias etnias indígenas no Acre”.

A arte de esculpir em madeira habita o universo da cultura das várias etnias indígenas do Acre. Os escultores indígenas, também agentes agroflorestais, aprenderam o oficio através dos cursos ministrados pela Ong Comissão Pró-Índio. Toda a arte de esculpir é feita em troncos de madeira reaproveitáveis.
As esculturas retratam personagens muitas vezes relacionados aos mitos de preservação do meio ambiente, como a Mãe da Seringueira, protetora da seringa, e os seres encantados que protegem a água. (FARIAS ROSIANE. [online], 2006).


Portanto, vale apena investigar mais sobre essa diversidade cultural de minha geração, saber como eles se mobilizam atualmente; que tipo de artesanato eles produzem; com quem e como aprenderam a produzir o artesanato; se são associados em alguma instituição de incentivo a cultura; se contam com apoio de programas que qualifique e divulguem os seus trabalhos em sua comunidade, na sociedade, no mercado de trabalho, nas escolas e em outras regiões.  


2.2 Metodologia


As metodologias adotadas neste trabalho foram: pesquisas, estudos teóricos, observação, documentários e entrevistas. Nos estudos teóricos me firmei nas leituras de vários autores como Eliana Penido, Silvia de Souza Costa, Elias Fajardo, Eloi Calage e Gilda Joppert.  Observação de registros históricos e de obras de vários autores, como por exemplo, as obras dos 48 artesãos acreanos reconhecidos pelo programa “Artesanato Acreano” em 2009/10, documentários do superintendente do SEBRAE/AC, o senhor Orlando Sabino da Costa Filho, entrevistas com artesãos, pois pretendo saber mais sobre a vida pessoal e profissional dos artesãos feijoenses como Antônio Camucim, ou seja, entrevistar os artesãos feijoenses com as seguintes perguntas:
·  Que tipo de artesanato você faz?
·  Quanto tempo você faz esse tipo de artesanato?
·  Como você aprendeu esse ofício?
·  Quais os tipos de materiais que você utiliza para fazer os seus artesanatos?
·  O que mais lhe realizar em seu trabalho?
·  Você já participou de algumas exposições?
·  O que você ganha com as vendas de seus artesanatos dá para manter sua família financeiramente?
·  O seu trabalho artesanal é divulgado nas escolas, nas repartições públicas e no mercado de trabalho?
Portanto, as perguntas escritas acima têm como objetivo conhecer, ou seja, compreender como os artesãos feijoenses se mobilizam, como é a rotina profissional dos mesmos.


2.3 Análise

Através desta pesquisa, quero expressa um pouco sobre o que aprendi tanto na prática como teoricamente, por meio de novas experiências juntamente com meus colegas, tutores, com os artistas que tive o aprazer de conhecer através de suas obras, com as viagens em várias fontes virtuais e literárias, conseguindo assim suportes para desenvolver meus trabalhos.
Após, leituras, análises, discussões e reflexões, finalmente cheguei ao seguinte tema: Como os Artesãos se Mobilizam; que tipo de artesanato eles produzem; com quem e como aprenderam a produzir o artesanato;  se são associados em alguma instituição; se participam de feiras; se contam com apoio de programas que qualifique e divulguem os seus trabalhos na comunidade, na sociedade, no mercado de trabalho e nas escolas.
O tema, Como os Artesãos se Mobilizam, chama a atenção para várias técnicas como tecelagem, cerâmica, utensílios domésticos, esculturas etc. Na verdade chama atenção para uma diversidade cultural muito ampla, já detalhada anteriormente por alguns autores acima, porém, a comunidade feijoense ainda precisa conhecer e valorizar de uma forma especial os recursos naturais encontrados na região, usando a criatividade e o aprendizado de alguns artesãos que receberam de seus ancestrais uma herança cultural muito rica e que lutam com muita garra e criatividade para confeccionar seus artesanatos, herança, raiz cultural do próprio município de Feijó.
Portanto, como sou uma pessoa apaixonada pelo artesanato decidi diante do desafio deste trabalho investigar, estudar a vida profissional dos artesãos feijoenses, averiguar, como os artesãos feijoenses se arregimentam na vida profissional, quantos são, que tipo de artesanato produzem e que tipo de materiais utilizam em suas produções.


3. CONCLUSÃO

Chegar à conclusão deste trabalho é um desafio muito grande e ao mesmo tempo uma vitória, um sonho realizado, um caminho percorrido através de leituras de vários autores, análises, discussões e reflexões sobre a diversidade cultural, ou melhor, sobre os artesãos e a sua arte.
Como admiradora de diversos tipos de artesanato fui de certa forma impulsionada pela paixão a investigar em meu município a vida profissional dos artesãos.
Desejo através deste trabalho, expressar um pouco sobre o que aprendi no campo de pesquisa, tanto na prática como teoricamente, por meio de novas experiências obtidas no decorre de uma longa trajetória.
Meu objetivo principal neste projeto de pesquisa como já disse anteriormente é estudar a vida profissional dos artesãos, constatar como os artesãos feijoenses se mobilizam; refletir sobre os tipos de artesanatos produzidos e os tipos de materiais usados por cada artesão, como também, apreciar e analisar cada trabalho artesanal.
 Para alcançar os objetivos deste trabalho de pesquisa adotei como metodologia, estudos teóricos, observações, pesquisas e entrevistas sobre o universo cultural, explorando literariamente registros históricos sobre cerâmica, tecelagem, escultura em madeira, arte plumária etc.
Diante das pesquisas realizadas sobre diversos temas culturais, consegui defini o tema deste trabalho, decidi então, saber como os artesãos feijoenses se mobilizam; que tipo de artesanato eles produzem; com quem e como aprenderam a produzir o artesanato;  se são associados em alguma instituição; se participam de feiras; se contam com apoio de programas que qualifique e divulguem os seus trabalhos no mercado de trabalho. O tema, Como os Artesãos se Mobilizam, chama a atenção para várias técnicas como tecelagem, cerâmica, utensílios domésticos, esculturas etc. Na verdade chama atenção para uma diversidade cultural muito ampla, já detalhada, ou seja, já definida por muitos estudiosos.
Portanto, sou uma pessoa apaixonada por vários tipos de artesanato e diante desta paixão decidi investigar, estudar, averiguar a vida profissional dos artesãos feijoenses, como eles se arregimentam na vida profissional, quantos são, que tipo de artesanato produzem, que tipo de materiais utilizam em suas produções e com quem aprenderam o seu oficio, pois como feijoense acredito que, apesar de tantas riquezas  culturais a comunidade feijoense ainda precisa conhecer e valorizar de uma forma especial os recursos naturais encontrados na região, usando a criatividade e o aprendizado de muitos artesãos que receberam de seus ancestrais uma herança cultural muito rica e que lutam com muita garra e criatividade para confeccionar seus artesanatos.
Esse trabalho de pesquisa é muito importante para minha vida pessoa e profissional como também para a vida de muitas pessoas que desejam conhecer, apreciar e explorar através do artesanato feijoense o que tem de melhor na diversidade cultural do município de Feijó /Acre.



4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA

FAJARDO, Elias; CALAGE, Eloi; JOPPERT, Gilda. Oficina de artesanato: Fios e Fibras.
Rio de Janeiro: Ed. Senac  Nacional - SENAC. DN. , 2002.
PENIDO, Eliana; SOUZA COSTA, Silva de. Oficina: cerâmica. Rio de Janeiro: Ed. Senac 
 Nacional – SENAC. DN. , 1999.
SANTANA, Aldemir; SASAI, Carlos Takashi; MARQUES, BINHO. Artesanato Acreano:
Catálogo 2009/10. Rio Branco: Ed. Canela de Ema LTDA. SEBRAE NACIONAL;
SEBRAE/ AC., 2009/10.

SEDOGUCHI, Fabiana Barbosa. Tecelagem, Trançando e  Arte Plumaria,
http://www.nupea.fafcs.ufu.br/atividades/5ERAEA/5ERAEA%20(17).pdf

FARIAS, Rosiane.  Lendas e mitos indígenas em escultura. A arte de esculpir em

madeira. www.overmundo.com.br/.../lendas-e-mitos-indigenas-em-e... Publicado

em: 10 jun. 2006.






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